domingo, 28 de novembro de 2010

A imagem mental e o símbolo

 

Pégaso (em grego: Πήγασος) é um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária damitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa (mitologia).

Pégaso nasceu do sangue de Medusa quando esta foi decapitada por Perseu. Havendo feito brotar com uma patada a fonte Hipocrene, tornou-se o símbolo da inspiração poética.

Belerofonte matou a poderosa Quimera, montando Pégaso após domá-lo com ajuda de Atena e da rédea de ouro, que em seguida tentou usá-lo para chegar ao Olimpo.

Mas Zeus fez com que ele derrubasse seu cavaleiro, que morreu devido à grande altura.

Zeus o recompensou transformando-o na constelação de pégasus, de onde deveria dali em diante ficar à serviço do deus dos deuses.

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Os arquétipos "são as partes herdadas da psique, são padrões de estruturação" e organização do imaginário psíquico, "são entidades hipotéticas irrepresentáveis em si mesma e evidente somente através de suas manifestações." ( Pag. 38, Dicionário crítico de análise Junguiana, Samuels, A. & outros, Ed. Imago )

Existem inúmeros arquétipos, como o arquétipo do pai, da mãe, do herói, etc. Cada tema central de uma história se refere a um arquétipo específico. Porém, todo arquétipo possui várias dimensões ( neste estudo consideraremos como sendo de dois tipos: positiva e negativa ). Cada dimensão faz com que nossa mente conte uma história diferente a respeito do mesmo tema. No exemplo do avião podemos supor que o arquétipo que estava em evidência era o arquétipo do pai, na sua dimensão positiva, por isto surge um símbolo positivo e consequentemente uma história, sentimentos e lembranças positivas. Imaginemos essa mesma pessoa vivenciando a dimensão negativa do arquétipo do pai. Ela iria organizar e interpretar suas memórias de modo a justificar essa vivência da dimensão negativa. Ela poderia interpretar um olhar como um sinal de reprovação. Ou um toque nos ombros como um empurrão. Ou seja, todas as vivências e memórias relacionadas ao tema da paternagem gravitam em torno do arquétipo do pai, sendo que a dimensão que prevalecer é que dará a forma como essas memórias e vivências serão organizadas. Se prevalecer a dimensão negativa será com esses "olhos" que a pessoa irá organizar e, por fim, enxergar esse aspecto da vida. Os arquétipos são iguais para todo mundo, porém, nossa relação com o mundo, com nós mesmos, com nosso corpo e com nosso futuro vai depender da dimensão que nós vivenciamos de cada arquétipo.

Com a técnica da Alquimia Simbólica você poderá vivenciar dimensões diferentes dos arquétipos e desta forma mudar sua vida, pois a mudança acontece a partir do momento em que você, ao estabelecer contato com as outras dimensões do arquétipo, "libera" a energia e os símbolos relacionados a esta outra dimensão para agir na sua mente. Se uma pessoa vive o arquétipo do pai pela dimensão negativa ela pode muito bem, ao entrar em contato com os símbolos que este arquétipo produz, conseguir vivenciá-lo na sua dimensão positiva. No exemplo do sonho da planta aconteceu o processo citado acima, a pessoa vivenciou a dimensão positiva do arquétipo da mãe e assim ela pôde começar a deixar de viver apenas a dimensão negativa deste arquétipo.

Repare bem: para a pessoa vivenciar a dimensão positiva do arquétipo da mãe, foi necessário que um símbolo ( a planta nutridora ) emergisse em sua consciência. Portanto, a forma como os arquétipos se expressam é através de símbolos. 


Um gráfico revela que o inconsciente coletivo é a base da mente e que os arquétipos fazem parte deste inconsciente coletivo. Os símbolos têm origem nos arquétipos do inconsciente coletivo, atravessam o inconsciente pessoal agregando conteúdos desta parte da mente, para só então chegar à consciência onde agregam mais conteúdos. Devido a sua formação, os símbolos estão relacionados com todas as partes da mente e ao trabalharmos com os símbolos estamos trabalhando com a mente por inteira. 


Agora você sabe não só que os sonhos rompem com a unilateralidade da consciência, mas também como os sonhos fazem para romper com esta unilateralidade. Podemos explicar da seguinte forma este processo: a consciência é unilateral, pois existem dimensões dos arquétipos ou mesmo arquétipos que a pessoa não vivencia ou vivencia de forma inadequada. Graças a propriedade auto-reguladora da mente o equilíbio psíquico tende a ser buscado, ou seja, o inconsciente reage buscando compensar este desequilíbrio. Uma das situações onde esta compensação é buscada é durante os sonhos. Neste momento, quando vivemos em um eco-sistema diferente, as outras dimensões não vivenciadas encontram melhores condições para se expressarem. Elas se expressam sob a forma de símbolos ( geralmente como imagem ) que se mantém na consciência porque possuem a energia das dimensões que os criaram. Estes símbolos se relacionam com outros conteúdos da consciência, transformando-a. 

O trabalho com a Alquimia Simbólica consiste em utilizar as imagens dos sonhos para provocar uma revivência deste sonho, permitindo que as energias destas imagens ganhem autonomia e recriem uma história onde será possível vivenciar as outras dimensões arquetípicas que foram até então negligenciadas.

 

 

2 comentários:

  1. Muito boa sua publicação trazendo assuntos tão interessantes como os arquétipos e a Alquimia simbólica. Esses temas sempre me interessaram e gosto de pesquisar sobre eles.
    Obrigada!
    Bjs
    Yara

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